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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Conversa de Final de Semana

Para os que amam sobremesas, estou postando as fotos da que fiz na casa da minha amiga Regina nesse final de semana. Ficou divina! Ela tem creme, morangos na calda de limão siciliano, biscoito wafer e uma deliciosa calda de chocolate meio amargo. Hhhuuuuuuuummmmmmmmmmmmmm... vocês não estão entendendo...


Torta Sensação by Gigi


  

 




quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Almoço do Dia


Falando um Pouco Sobre o Tamuatá


O tamuatá, que pode ser chamado ainda de tamboatá, camboatá, tamatá, tamoatá, tamutá, caboge, caborja, soldado (basta ver a armadura) ou peixe-do-mato, se alimenta de microorganismos e detritos orgânicos encontrados nos fundos dos rios e lagos. Na Bolívia, é buchere; na Colômbia, hoplo.
Imagine um peixe resistente se arrastando pelo mato, pelo mangue, em busca da próxima poça de água. É engraçado, mas acontece com soldadinho tamuatá (que quer dizer peixe bonito). Nas secas, ele se desloca pulando em busca de água. Para isto dispõe de nadadeira peitoral com o primeiro raio duro e forte, em forma de espinho, que ajuda na sustentação. Ou se enterra no lodo durante a seca até a próxima chuva. Isto porque algumas espécies apresentam respiração dupla: aquática e aérea.
Pode ser encontrado em todo o Brasil, mas não é um peixe comercial. Tem importância econômica insignificante, considerado mais como pesca de subsistência. Mesmo nas regiões Norte e Nordeste, onde é mais apreciado, não é unanimidade. Mesmo nas feiras de Macapá ou Belém, há uma certa cara de nojo e outras de delícia. Alguns preparam com a barriga por causa do fígado, que é apreciadíssimo por alguns. Foi assim que preparei, só retirei as "armaduras dos nossos saldados", com água fervente.. srrs.
Existem vários pratos preparados com esse peixe, como: Tamuatá no Leite de Côco, Tamuatá com Jambu, Tamuatá Frito com Recheio de Ovas e outros, sendo que o mais famoso é o Tamuatá no Tucupi, o qual eu irei postar a receita.
 Tamuatá no Tucupi



Muuuuiiitttoooo Boooommmm.... ficou delicioso!!!!
Bom, vamos lá à receita:

Ingredientes:
2 kg de tamuatá bem escovado e lavados
3 colheres (sopa) de óleo 
1 dente de alho picado
1 cebola picada
1 tomate sem sementes picado
1 pimenta verde de cheiro picada
Coentro, colorau  e sal a gosto
2 litros de tucupi já preparado com alho, chicória, alfavaca e cebola.
1 maço grande de jambu aferventado com sal à gosto e escorrido 

 Modo de preparo: 
Corte a boca e barbas do peixe, lave bem e deixe de molho por cerca de 2 horas em água limpa com um pouco de álcool, vinagre ou limão, para tirar o pitiú (cheiro forte de peixe). Use cerca de 1/2 xícara para 2 litros de água. Depois, escorra e reserve.


Em uma panela com bastante água fervente, mergulhe os peixes que deverão ficar só até as placas começarem a se soltar. Teste com um garfo. Escorra e descasque os tamuatás com a ajuda de uma faca, empurrando as escamas que sairá facilmente. Reserve.



Depois de descascados, estão prontos para serem preparados para receber o tucupi.

Preparo do Peixe:
Em uma panela, coloque o óleo, o alho, a cebola, o tomate, a pimenta de cheiro, o coentro, o colorau e o sal a gosto.
Leve ao fogo para refogar e acrescente os peixes que deverão ser misturados com cuidado neste tempero.
Junte o tucupi e deixe cozinhar por mais ou menos 15 minutos ou até que os peixes fiquem macios. Junte o jambu e deixe cozinhar por mais 3 minutos.
Experimente o caldo e corrija o tempero, caso seja necessário.

OBS: Sirva com arroz branco, farinha d'água, molho de pimenta com tucupi.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pimenta Dedo-de -Moça

Pimenta Dedo-de-Moça

A Pimenta, a mais gostosa, a mais inusitada, a mais saborosa... hummmm!!!

Como pode ser tão boa e combinar com tantas coisas, com tantos ingredientes e continuar gostosa??

As pimentas do gênero Capsicum, o mesmo do pimentão, são originárias das regiões tropicais da América Latina. Pertencem à família das solanáceas, como o tomate, o jiló e a berinjela. Há muitas espécies e variedades, com diferentes formas, cores e grau de pungência (ardor). 

No Brasil, elas eram os principais temperos utilizados pelos indígenas antes da chegada dos descobridores portugueses. Atualmente, entre as cultivadas no país, destacam-se a malagueta, a cumari, a cambuci, a doce e a dedo-de-moça (Capsicum baccatum), também conhecida como chifre-de-veado, mais plantada nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás. Os frutos têm 7 a 7,5 centímetros de comprimento, mas existem variedades maiores, como a sertãozinho e a rabo-de-gato, e menores, entre elas a miúda. Todas são vermelhas quando maduras e ardidas, mas não tanto quanto a malagueta, que é menor, mais fina e de cor menos intensa. O ardor é produzido pela capsaicina, substância usada em medicamentos contra o reumatismo, presente em especial nas membranas e sementes, mas também na polpa. É a capsaicina que sensibiliza as glândulas salivares e estimula o apetite. 

A dedo-de-moça também pode ser comprada seca e esmigalhada, quando recebe o nome de calabresa, ou em misturas em pó, chamadas caiena. Fresca, confere sabor e perfume em molhos e geléias. Indispensável nos pratos tailandeses e baianos, requer cuidado no uso. O excesso pode estragar uma refeição.

SAÚDE

É BOM PARA:
Combater os radicais livres, que causam danos às células, por ser boa fonte de antioxidantes; entrar na dieta de pessoas inapetentes, porque estimula o apetite.

É RUIM PARA:
Ser consumida com freqüência, por gerar gastrite e prejudicar as funções renais, e em doses elevadas, que podem causar taquicardia e elevar a pressão.

COMO SE ESCOLHE
É vendida em supermercados, feiras livres e sacolões, verde ou madura. A madura é mais aromática e ardida. Escolha as que estiverem íntegras, sem partes manchadas ou machucadas. O cabinho bem verde indica frescor. Nas conservas, o óleo ou vinagre devem estar límpidos, nunca leitosos ou com nata esbranquiçada na superfície, que pode ser sinal de mofo. Na geladeira, as pimentas frescas, embaladas em saco plástico, conservam-se por até quinze dias. Se quiser que sequem, deixe-as em cestas arejadas. Caso uma ou outra apodreça, descarte. Secas, as pimentas duram meses.


COMO SE PREPARA

Use luvas para manipular as pimentas. Abra-as de comprido e retire sementes e membranas antes de adicionar à receita. Para fazer conserva, corte-as em fatias largas e transversais. Ponha num vidro fervido, junte uma pitada de sal e cubra com vinagre. Se quiser, junte alecrim, dentes de alho, grãos de pimenta-do-reino e de mostarda. Coloque o vidro tampado numa panela, cubra com água e cozinhe por 1 hora. Deixe esfriar e guarde na geladeira. Outra idéia: pique 5 pimentas sem sementes e misture com 300 g de geléia de maçã. Bata com o mixer e ferva por 5 min.

FICHA TÉCNICA
Cada 100g de pimenta dedo-de-moça contém:
Calorias - 25
Proteínas - 0,897 g
Carboidratos - 6,10 g
Gordura - 0,102 g
Fibras - 1,79 g
Carotenos - 1 075 RE
Vit. B6 - 0,123 mg
Folacina - 51,4 mcg
Niacina - 0,8 mg
Ác. pant. - 0,679 mg
Vit. C - 67,9 mg
Cálcio - 7,35 mg
Cobre - 0,11 mg
Magnésio - 12 mg
Fósforo - 17,6 mg
Potássio - 210 mg
Sódio - 14,7 mg


sábado, 16 de julho de 2011

Conversa da Madrugada

Achei uma crônica muito interessante sobre o Tacacá e resolver postá-la, pois o Tacacá só me traz lembranças boas de minha infância...



O TACACÁ por Vera Mogilka

"O tacacá, toma-se? bebe-se? sorve-se? saboreia-se? Não, O tacacá deseja-se, de repente, como se deseja uma mulher, como se deseja retornar ao amor da adolescência.

O tacacá possui o toque agudo da saudade. A memória de seu sabor salgado e ardente assalta-nos sem aviso, em pleno dia, em determinadas horas de distração. Naquele momento involuntário de repouso quando, por fim ao cair da tarde sobre o rio, respiramos. Certo e pequeno instante, dezenas de sugestões cruzam a mente. Todos os atos gratuitos e cheios de graça da vida: uma criança correndo na grama, braços em repouso e um regaço, mãe amamentando o filho, avião acendendo e apagando as luzes na bruma da noite, navio singrando a baía, luar úmido sobre igarapés - vontade de tomar tacacá. Desejo de tacacá. Porque, para tomá-lo, é preciso, antes de tudo, um ritual.

É preciso que seja ao anoitecer. Ainda não de todo noite completa; ainda não dia findo. Àquela hora semi-crepuscular, indecisa e feminina quando, por fim, o céu se envolve de um azul-cinzento intenso ou aquela chuva antes da saída da lua. É preciso que estejamos cansados, tão fatigados que nada nos afigure mais necessá rio, naquele momento, do que tomar um tacacá. Nem o bate-papo informal com o amigo. Nem o café no Central. Nem o olhar à mulher que passa. Apenas, a pro cura, a única procura por um tacacá, com pouca pimenta ou muita e bem quente.

Depois, é preciso que haja um banco. Tacacá toma-se sentado para que o corpo repouse e possa se entregar completamente ao prazer de saboreá-lo. Porque o tacacá é extremamente absorvente. Quando bem feito, o que ocorre pouco. Pois fazê-lo e tomá-lo é uma arte. É preciso, também, que a noite desponte ao chegarmos junto ao carrinho de tacacá. E comece a chover, levemente. Faça algo de frio, algo de úmido. O que não é difícil em Belém.

Depois, como estamos cansados e queremos esquecer, esperamos. Uma paciência longa e calma, até que a dona do tacacá termine por prepará-lo. De preferência que seja em Nazaré ou olhando a Igreja da Trindade. É preciso que o tucupi seja leve, amarelo-canário e novo. Que a goma bóie no líquido, espalhada por acaso e se mostre apenas por alguns instantes; que não haja muita folha; que os três ou quatro camarões sejam médios, nem grandes demais ou minúsculo e somente uma parte deles apareça, a ligeira carne rósea a deixar-se entrever, adivinhar-se na cuia olorosa. Depois, é preciso que haja sal e pimenta de cheiro, mas não em demasia; o suficiente para nos queimar a alma nos primeiros goles e reanimar o corpo; então renascemos para a noite e a alegria novamente nos habita. O suficiente apenas para desvanecer seu fervor após esses primeiros goles e tornar-se depois, uma presença quente, já quase uma memória, na ponta da língua.

É preciso saber tomar o tacacá. Aos primeiros sorvos integralmente seu calor, sua salinidade, seu gosto de mar quente, de arbusto e molusco que os lábios experimentam fugidiamente. É preciso que o jambu e os camarões pousem lentamente no fundo da cuia e venham à boca, por si mesmos, sem o auxílio dos dedos. É necessário que não sejamos interrompidos. Apenas um aceno de cabeça aos conhecidos que passam. Um filtro mágico que se bebe em silêncio e solidão. Somente a comunicação imperceptível com a tacacazeira: feiticeira moderna numa terra onde as lendas ainda sobrevivem em um mundo que se materializa inexoravelmente.

Chegados ao fim do tacacá, é preciso que o mesmo ainda se conserve morno, assim como o fim de um amor. Jamais frio. Não existe nada pior do que um tacacá frio. É como champanhe sem gelo. Neste momento tomaremos contacto real com as grandes porções maternais de goma penetradas pelo tucupi e pela amargura das folhas. Há sempre um gato gordíssimo perto do carro de uma tacacazeira. Ele comerá,
displicentemente, as cascas de camarão que atirarmos ao chão. A cuia está vazia.

Agora, o mais importante: jamais repetir o tacacá, na mesma noite. A segunda cuia nunca devolverá o sabor da primeira. O primeiro tacacá daquele dia é único, autêntico, original, insubstituível como o gosto do primeiro beijo. Como a primeira entrega de amor. Porque os tecidos de nosso cansaço e de nossos desejos são satis feitos. Porque foi necessário todo um dia infrutífero e todo um sol de toda uma chuva para alcançá-la. Todo o equívoco das relações humanas, toda a falta de solidariedade, de cortesia, de amizade e de comunicação com os outros.

A decep ção será fatal se arriscarmos um segundo, fiéis à gula. É preciso permitir-se um resto de fome, um resto de desejo para o dia seguinte, um resto de tristeza intransferível. Quando a baía abrir suas margens de musgo para recolher as asas do dia; quando a lua surgir em seu halo de chuva; quando chegarmos ao fim de nossas tarefas cotidianas, então, novamente, sentiremos na ponta da língua a subtaneidade acre do tucupi. Paraenses, não vos espanteis com essa narrativa. O que, para vós é banal e acessí vel desde a infância, para um sulista é um mistério, uma surpresa e um inédito prazer. Muito comum é o visitante de outro Estado que vem a Belém pela primeira vez e olha, desconfiado, aquele grupo de pessoas ao redor de um carro de tacacá. Os movimentos das mãos da tacacazeira lavando as cuias e servindo-as, Os utensílios tos cos, rudimentares. O turista, cheio de suspeitas e de teorias anticépticas, recusa-se a prová-la com argumentos de falta de higiene. Procura máquinas a vapor que sequem automaticamente as cuias. Busca torneiras reluzentes de onde jorre um tucupi sintético e insosso; e só encontra aquela magia indígena, obscura, incons ciente perante a qual recua porque seu coração não possui mais raízes fixas no mistério da natureza. Porque não é mais um homem natural.

Paraenses, vós desconheceis vossas próprias riquezas. Dia chegará a que o gi gante levantará a grande cabeça de florestas de seu berço esplêndido e o Brasil será redescoberto (não mais pelos portugueses). O tacacá deixará de ser um usufruto particular e banal. E, em clima frio e chuvoso como o de São Paulo será servido à noite, entre centenas de sessões de cinemas super luxuosos. Milhares de tacacás industrializados, produzidos por intrincados mecanismos de alumínio e aço. E o mistério amazônico perder-se-á para sempre. Será recolhido ao coração de alguma floresta ainda virgem, porém, impenetrável e densa. Lá onde os homens não possam mais capturá-lo e bebê-lo, distraidamente, sem amor e sem ritos. Lá onde, enfim, seu selvagem sabor repouse intacto e inacessível no bojo do tempo."

- Crônica publicada dia 16 de fevereiro de 1964, no jornal "A Província do Pará" , editado diariamente em Belém do Pará.

- VERA MOGILKA, turista gaúcha, retratou de modo interessante o Tacacá em diversos dos seus aspectos.

Esta crônica foi transcrita no livro “A mandioca na Amazônia”, de autoria do engenheiro agrônomo Milton Albuquerque, pesquisador do Instituto Agronômico do Norte, hoje Embrapa, em Belém do Pará, em 1966.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Conversa do dia

Bom gente... hj irei postar um bolo que adoro e que não leva farinha de trigo e que parece um Petit Gâteau... ele é MA-RA-VI-LHO-SO.. rsrsrsr
Fofinho, macio e saboroso, pode ser servido acompanhado por uma bola de sorvete de creme, pistache, morango ou creme de chantilly, se preferir. De qualquer jeito, ele é delicioso...


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Conversa de jantar

Bom meus amigos... no jantarzinho pede-se uma refeição mais leve e que tal uma pela salada com vários tipos de folhas?